Insónia…Em todos os lugares, em todos os tempos,Em todas as dimensões,Há deuses e um deus no fim…Olho em volta nas estrelas as vozes do passadoQue me remetem para os sinais futuros.Quem me habita no princípio?Quem me faz ser o que sou, como sou, porque sou?...Todos os sinais em conjunto uniplural,Desconexadamente coerentes,Intangivelmente sensíveis e inteligíveis.Antes do tempo, para lá das coisas e dos seres,Obliquamente atravessando a minha vida numa vigília.Se eu pudesse entender tudo e sentir o nada materializado!Velo ainda pela noite, tentando encontrarO sentido como um númeroQue quantifique o universo e a vida íntima.Um número como um sinal,Um sinal misterioso para a missão desta existência,De tudo isto, meu amado indizível que aconchega.Mas estou cansado, estás longe, embora te sinta perto.Tenho de dormir…Voa, passarinho, voa para a liberdade infinita azul!