Repouso na face do conceitoUm sopro saudoso de harmonia.Deslizo as mãos pelo contornoE cresço e diminuo na rugosidadeÁspera de um espaço que não é.O vácuo de serProspera em mimComo a força concreta do caminhar.No infinito leio o fim,Calculo o princípio:Verso universal pintadoEm tela sem hora e local.E na pintura sintoE leio bem o que deixeiNo traço de um númeroQue surge em poema,Numa folha interminável.Olhar sobre o horizonte- Que se finge fim -Mãos lançadas para diante,Língua molhada em vento,Ouvidos sobre o perfume aspirado…Penetro-me em sensaçõesNuma certeza ambígua de unidade!