Olho a distância.Que saudade do que hei-de ser!Tudo tão longe,Sempre tão afastado do Homem.Estou tão só.Suspenso na construção da civilização.As casas são notas de papel,Os carros desse metal,E o meu corpo…O meu corpo cheio do dinheiro.Estou tão longe de mim.Fugi para o impossível especulativoE fico preso na teiaQue o Homem fez para si próprio.Saudade…Saudade de solucionar todo o malQue faço ao mundo.Quero sair,Mas há cordas que me prendemAo conforto do ser social.Está tudo tão mal,Tudo tão errado.Quero um lugar a sósCom o mundo.Um lugar onde me possa deitarPor cima das árvores.Estou tão cansado…Encosto a cabeça na árvore para ouvir;Para escutar a voz sábia da Natureza;Para entender o que faço aquiE qual é o meu lugar.