Harmoniosamente a vida escorregaLambendo as ilhargas da civilização.Compra-se, vende-se, constrói-se...Movimentos que se eternizamNo abismo do tempo,São movimentos,Sobe, desce, sobe, desce...São os movimentosQue eles nos fazem fazer.Gruas elevam tijolosE um pouco mais de civilizaçãoOferece-se, risonha, sedutora.São as flores feitas frutoDe uma economia circular.E há deuses a brincar,Há deuses que cultivam o lucro,Pousando sobre a realidade uma ficção.Harmoniosamente, confundemParecer e ser,Enroscando a humanidade na civilização.Compra, vende, constrói.Sobe, desce, sobe, desce...E pensar que a troca de uma maçã por um amorSegura todo este paradoxo económico!