A harmonia dos ciclos económicos
A harmonia dos ciclos económicos
Acrílico e carvão s/ tela 2 x 100 cm x 81 cm
Pintura de Artur Oliveira
                                                                 

Harmoniosamente a vida escorrega
Lambendo as ilhargas da civilização.
Compra-se, vende-se, constrói-se...
Movimentos que se eternizam
No abismo do tempo,
São movimentos,
Sobe, desce, sobe, desce...
São os movimentos
Que eles nos fazem fazer.

Gruas elevam tijolos
E um pouco mais de civilização
Oferece-se, risonha, sedutora.
São as flores feitas fruto
De uma economia circular.
E há deuses a brincar,
Há deuses que cultivam o lucro,
Pousando sobre a realidade uma ficção.

Harmoniosamente, confundem
Parecer e ser,
Enroscando a humanidade na civilização.
Compra, vende, constrói.
Sobe, desce, sobe, desce...

E pensar que a troca de uma maçã por um amor
Segura todo este paradoxo económico!

Poesia de Ricardo Oliveira