Corres, saltas, pulas,O que buscas?Desvias, ludibrias, procuras,O que buscas?Apressas o passo, olhas o relógio,O tempo urge e não pára…Espera! Senta-te aí.Lê, no calor calmo desta fogueira,A melodia mágica dum verso simples.Estás preso à vida,São cordas que prendem os teus movimentosNas incompreensíveis questões -Prisão mais ferozJamais inventada!Olha para ti: persegues o trabalhoE o bem-estar social,Queres materializar os teus desejosNuma perfeição iníqua,Queres viver apressado,Buscar tudo e acabar…Imperfeito…Na simplicidade de um abraçoEterniza a amizade já esquecida.Caminha à velocidade do tempoNo espaço que te é reservado.Não questiones a sua beleza.Ele é belo. Belo como existir.Desfruta!Contempla os pequenos deleites!Saboreia o que a vida tem para te dar,Não a forces a dar o que não quer.