O mundo sustenta-se num equilíbrioMedonho de interesses díspares.Nas reuniões, quais consílios de deuses,Determina-se a fortunaDa navegação daqueles que não têm forçaPara pegar no leme.Ontem, graças à justiça e igualdade(Conceitos tão divinamente empregues)Foi concedida independência aos povosSubjugados. É curioso que não determinemNum país, mas numa amálgama complexa,Tão ao gosto da benevolência humanitária.Assim, senhores, o gesto caridoso vossoEnsina a humanidade a partilharE a ter piedade da criancinha chorosa.Divindades que determinais o preço da vida,Sois demasiado benévolos, sempre dispostosA um esforço filantrópico, sempre prontosA estender a mão aos menos favorecidosDe um sistema criado por vós e para vós!Hoje, o mapa mundial divide-seEm diferentes matizes,Todavia é um mapa mentiroso,Engana os incautos,O prefixo “ex” colocado junto de colóniasÉ um subterfúgio políticoQue não se coage de pisar as lágrimasDa pobreza e da fome.Continuemos as nossas ajudas humanitárias,Pois é um dever moralPara este mundo ocidental sempre tão justo!