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O sentido de Dialogarte

A cor das palavras

A aparente liberdade da formatação

A privatização da chuva

A selecção do poeta

Dilemas

A eternidade escreve-se ...

Vamos sonhar com lucidez

Linhas temáticas I

Linhas temáticas III

Linhas temáticas II

 

Em cada obra presenciamos a existência de um quadro e de um poema não justapostos, mas intersectados tematicamente numa busca de universalidade. Desta forma, os autores pretendem assumir um compromisso dialogante inter-linguístico, pretendendo criar um plano onde toda a humanidade caiba sem que o espaço de um esmague o espaço do outro. Simbolicamente, afere-se que os artistas deixam uma mensagem de harmonização entre as diferentes ciências, no sentido de trabalharem em concomitância, uma vez que, segundo os artistas, a verdade que procuram é a mesma, somente diverge o caminho.

A amostra propõe temas variados. Todavia, verificamos que há uma linha temática que preside à disposição das obras. Há um caminho, verdade opinativa, que os autores inscrevem no espaço ficcional, por ele os espectadores são convidados a passear, ludicamente saltando de metáfora para ironia num jogo eterno representativo da Vida. Podemos descobrir reflexões sobre a condição humana, sobre o sentido da vida, acerca do posicionamento do indivíduo em relação à sociedade, leituras acerca do funcionamento económico, social e político, nunca olvidando a exploração e o abuso de poder.

No que diz respeito à técnica, ao considerarmos a pintura, apercebe-se de que esta é composta por dois planos. Um em traço difuso, quase de carácter expressionista, representa a realidade, mas esta é rasgada pela força da metáfora (interpretação do autor em face da realidade) que surge em evidência rectangular e antitecticamente numa pincelada concreta. A poesia é construída em verso livre, proporcionando ao poeta uma maior liberdade de expressão. É uma poesia moderna que visa o atemporal quer da consciência do “eu”, quer da intervenção cívica, tendo como alicerces a metáfora e a ironia.

Deve ainda salientar-se que quer o pintor, quer o poeta não têm formação académica directamente relacionável com o mundo das artes, pelo que se poderão considerar auto-didactas. Esta situação exclui-os de qualquer prisão, possibilitando-lhes a leveza da liberdade em “A Cor das Palavras”.